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A interação entre Dermatologia e Psicologia: como o estresse afeta a saúde da pele


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A pele é o maior órgão do corpo humano e, além de ser uma barreira física contra

agressões externas, também reflete o estado interno da nossa saúde. O que muitos

não sabem é que existe uma relação direta entre a mente e a saúde da pele. O campo

da psicodermatologia explora essa interação entre dermatologia e psicologia,

analisando como fatores psicológicos, como o estresse, podem impactar a saúde da

pele.


Vamos discutir a conexão entre estresse e saúde da pele, como esse estado emocional

pode desencadear ou agravar condições dermatológicas, e a importância de um

cuidado integrado que leve em consideração tanto o bem-estar físico quanto mental.


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A conexão mente e pele


A pele e o sistema nervoso compartilham a mesma origem embriológica, o que explica,

em parte, a íntima conexão entre esses dois sistemas. Esse vínculo é mediado pelo

eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal (HPA), que é ativado em situações de estresse.

Quando estamos sob pressão, o corpo libera hormônios como o cortisol, que influencia

diretamente a saúde da pele.


O cortisol, conhecido como "hormônio do estresse", tem um efeito inflamatório no

organismo. Quando seus níveis aumentam, a resposta imunológica do corpo pode ser

prejudicada, abrindo caminho para o surgimento ou agravamento de problemas

dermatológicos, como acne, psoríase, dermatite atópica e rosácea.


Principais condições dermatológicas relacionadas ao estresse:


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1. Acne

A acne é uma das condições mais comuns relacionadas ao estresse. Durante períodos

de estresse crônico, há um aumento da produção de sebo pelas glândulas sebáceas, o

que pode obstruir os poros e levar ao desenvolvimento de cravos e espinhas. Além

disso, o cortisol elevado estimula uma resposta inflamatória, agravando as lesões

acneicas.


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2. Psoríase

A psoríase é uma doença inflamatória crônica que pode ser desencadeada ou

agravada por episódios de estresse. Em pessoas predispostas geneticamente, o

estresse pode acelerar a renovação das células da pele, provocando a formação de

placas características da condição. Além disso, o impacto psicológico da psoríase pode

gerar um ciclo vicioso, no qual o estresse agrava a doença e a doença aumenta o

estresse.


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3. Dermatite atópica

A dermatite atópica, ou eczema, também está fortemente associada ao estresse. Em

momentos de estresse emocional, o corpo pode liberar substâncias pró-inflamatórias

que afetam a barreira cutânea, tornando a pele mais suscetível à irritação e infecção.

Isso pode resultar em surtos de coceira intensa e inflamação, piorando o quadro.


4. Queda de cabelo: Alopecia areata

A alopecia areata, uma condição caracterizada pela queda de cabelo em áreas

localizadas, tem sido frequentemente associada a fatores emocionais. O estresse

crônico pode desregular o ciclo de crescimento do cabelo, levando à queda capilar

súbita.


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5. Eflúvio telógeno

Outra condição de queda capilar relacionada ao estresse é o eflúvio telógeno. Ele se

caracteriza pelo aumento da queda diária de fios, notado especialmente no cabelo que

cai durante o banho ou fica preso na escova. O eflúvio telógeno pode ser dividido em

duas formas:


Eflúvio telógeno agudo: ocorre após algum evento específico, geralmente três

meses antes do início da queda, já que o ciclo de preparo para a queda dura de

dois a três meses. Fatores como pós-parto, cirurgias (especialmente bariátrica),

infecções, dietas restritivas e, principalmente, o estresse, são gatilhos comuns

que convertem uma quantidade maior de fios para a fase de queda.


Eflúvio telógeno crônico: apesar de também estar relacionado ao estresse,

suas causas podem ser menos pontuais, com a queda se prolongando por

meses ou anos.


Estratégias de prevenção e tratamento


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Além de tratamentos médicos tradicionais, algumas estratégias de autocuidado podem

ajudar a minimizar os impactos do estresse na pele:


● Prática de exercícios físicos: a atividade física regular ajuda a reduzir os níveis

de cortisol e promove a liberação de endorfinas, melhorando o bem-estar geral;


● Sono de qualidade: dormir bem é essencial para o equilíbrio hormonal e a

regeneração da pele;


● Alimentação balanceada: uma dieta rica em antioxidantes, vitaminas e minerais

pode fortalecer a barreira cutânea e melhorar a resposta do organismo ao

estresse;


● Hidratação: beber água suficiente e usar hidratantes adequados ajudam a

manter a pele saudável e resistente às agressões externas e internas.


Conclusão


A interação entre dermatologia e psicologia ressalta a importância de enxergar a saúde

da pele de forma holística. O estresse pode desencadear ou agravar uma série de

condições dermatológicas, incluindo a acne, a psoríase, a dermatite atópica e a queda

capilar. Por isso, é essencial que os pacientes tratem não só os sintomas físicos, mas

também abordem os fatores emocionais subjacentes. Consultar profissionais que

trabalhem de forma integrada, aliando o tratamento dermatológico a abordagens

psicológicas, pode trazer resultados mais completos e duradouros para quem sofre

com esses problemas.




 
 
 

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